Os franceses, como em todo o Brasil, estiveram presentes na Ilha de Santa Catarina desde a colonização. Não tão cedo, talvez, quanto no Rio de Janeiro e no Nordeste, mas entre os viajantes dos séculos XVI a XVIII, são a maioria. Muitos deixaram relatos significativos, entre os quais se destacou em 1785, o do Conde de Lapérouse, que aportou na Ilha em sua viagem de circum-navegação financiada pelo rei Luís XVI. Embora as duas naus por ele comandadas tivessem final num trágico naufrágio perto da Nova Caledônia em 1789, os relatos e desenhos perduraram porque já haviam sido enviados.
Nascido no Brasil, o Visconde de Taunay, neto do pintor Nicolas Antoine Taunay que viera com a Missão Francesa de artistas de 1816, foi governador da Província de Santa Catarina de julho a novembro de 1876; seu filho, o historiador Afonso d’Escragnolle Taunay, nasceu, inclusive, no Palácio Cruz e Sousa, hoje Museu Histórico do Estado de Santa Catarina.
Afora essa presença e a francofilia em Florianópolis como em todo o Brasil até meados do século XX, será, sem dúvida, a história da Aéropostale, cuja escala se construiu no bairro do Campeche, a mais profunda marca da influência francesa na Ilha de Santa Catarina, pois atualmente, nomes de ruas ainda fazem reviver a memória do episódio, que também deixou marcas linguísticas.