A presença francesa em Petrópolis é reflexo daquela que sempre se viu no Rio de Janeiro. Desde os primeiros tempos do Brasil, houve tentativas francesas de colonização (1555) e invasões (século XVIII). Mas a França, não tendo êxito no Brasil nem o Rio de Janeiro, tornou-se uma espécie de “pátria cultural” do país e uma referência, sobretudo em tempos em que exportava, de fato, suas ideias e seus costumes como símbolos de refinamento.
É sobretudo importante notar que o Imperador D. Pedro II foi um francófilo por excelência, conhecendo a fundo a cultura francesa. Acabou, em função de seu exílio, falecendo em Paris. Essa admiração pela cultura francesa já seria suficiente para marcar a presença dessa cultura em Petrópolis. Numa visita ao Palácio Imperial hoje transformado em museu, nota-se o mobiliário e a arte francesa como preponderantes.
Curioso é que o próprio engenheiro Major Júlio Ferderico Köeller (1804-1874), de origem alemã, que realizou importantes obras públicas em Petrópolis e possibilitou sua urbanização, fosse profundamente marcado pelos hábitos franceses… (segundo o historiador Antônio Eugênio Taulois).
Afora essa presença indelével desde a época do Segundo Império, Petrópolis teria outros visitantes ilustres ligados à França. Primeiramente, Alberto Santos Dumont, pai da aviação, escolheu a cidade para construir a sua “Casa Encantada”. Ele, que voara em Paris, trouxe consigo uma série de hábitos daquele país. Mais tarde, na década de 1920, o piloto da Aéropostale Marcel Reine, tendo escolhido em Itaipava uma fazenda, frequentou a cidade com seus companheiros de aviação e o mais ilustre deles, Saint-Exupéry, autor do Pequeno Príncipe.
Assim, falar da influência francesa em Petrópolis é assunto longo: são muitas as referências e vários os viajantes.
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