A presença francesa em Natal data de colonização da cidade, então do século XVI; corsários e piratas franceses traficavam pau-brasil e outras mercadorias na região e teceram amizade com os índios potiguares e até pela “defesa” do território contra os portugueses. Somente no final do século, estes expulsaram os invasores.
O topônimo “Refoles”, do bairro Alecrim, onde se situa a atual base naval de Natal é também atribuído à presença francesa, pois viria de “Jacques Riffault”, corsário aventureiro do século XVI, que atacou a Paraíba entre 15 e 18 de agosto de 1597; desembarcou com 350 homens no Porto de Santa Catarina de Cabedelo, enquanto vinte navios esperavam para atacar no rio Potengi… Além deste, guardou-se também o nome de outro aventureiro, Charles de Voux.
É interessante notar que o maior intelectual potiguar, Câmara Cascudo, realizou trabalhos estudando a presença de elementos da Canção de Gesta francesa “La Chanson de Rolland” na literatura de cordel do Nordeste. Nestas, Roland surge como Roldão…
Entre seus 100 livros, Câmara Cascudo deixou uma pequena obra, com anotações pessoais sobre a aviação, cujo desenvolvimento presenciou em sua cidade: “No Caminho do Avião – notas de reportagem aérea (1922-1933)”. Naturalmente, fala da Aéropostale.